quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mais uma destas degustações inesquecíveis - Brunello di Montalcino

   Hoje tive a oportunidade de conhecer alguns belos exemplares de Brunello di Montalcino, na Casa do Porto SP. Foi um daqueles momentos de estar no lugar certo, na hora certa, pois não foi nada programado. Sai do curso Wine & Spirit Nível 3 e resolvi passar na loja para passar o tempo, e lá estavam se preparando para uma degustação de três Brunellos, sendo que dois deles ainda sem distribuição no Brasil.
   Para quem não sabe, Brunello di Montalcino é um ícone italiano, produzido na região da Toscana com a uva Sangiovese - uva que geralmente produz vinhos com alta acidez, taninos potentes e com pouca fruta; mas que se torna excelentes quando prodizidos em boas mãos. Segunda a legislação italiana, um Brunello tem que ter no mínimo 5 anos de envelhecimento antes de sair para o mercado.
   Os vinhos apresentados foram das vinícolas Mastro Janni (esta ainda não tem distribuição no Brasil) e Col D´Orcia (distribuida pela Casa do Porto).
    E os vinhos degustados foram:
1. BRUNELLO DI MONTALCINO VIGNA SCHIENA D´ASINO DOCG 2004 - MASTRO JANNI (14,5%) - límpido, no tom rubi, bem brilhante, com boa intensidade e sem nenhum depósito. No aroma prevalece especerias tipo canela e pimenta do reino, que prevalece por mais tempo, tem um pouquinho de ameixa também, mas bem delicado. Na boca os taninos estão bem presentes, porém nada agrecivo. Acidez alta e o álcool também está bem evidente, mas tudo isto muito bem equilibrado com as frutas negras que aí se encontram e as especiarias. Tudo isto com um final prolongado e muito agradável. Achei o Brunello mais pronto entre os três degustados.
2. BRUNELLO DI MONTALCINO POGGIO AL VENTO RISERVA DOCG 2001 - COL D´ORCIA (14,0%) - límpido, rubi indo para um granada, sem nenhum sedimento. No nariz o primeiro ataque que veio foi de torrefação, que não acho muito comum para um Brunello, mas depois as especiarias secas, principalmente pimenta do reino prevaleceu, com um leve toque de ameixa preta no final. Na boca taninos marcantes, acidez bem alta, ótimo corpo, tudo isto em harmonia com a fruta negra e a pimenta que acabam prevalecendo. Apezar dos seus 9 anos de evolução, acho que este Brunello ainda não está nem perto do seu ápice, tendo ainda uma vida muito longa pela frente. Simlesmente um espetáculo!
3. BRUNELLO DI MONTALCINO OUR RUBY DOCG 2005 - MASTRO JANNI (14,5%) - este acabou de sair para o mercado. Se mostrou tímido, mas também, depois de dois "gigantes" como os degustados anteriormente não teria como ser diferente. Límpido, rubi, com boa intensidade e sem nenhum depósito. No aroma frutas maduras e especiarias se misturam. Na boca os taninos estão bem presentes, com uma boa acidez e o álcool bem evidente, mantendo a mesma linha das frutas maduras e especiarias do aroma. Tem um bom final, muito agradável.
   E para finalizar, uma grapa de Brunello di Montalcino Mastro Janni - confeço que não conheço bem desta bebida, mas foi uma das mais agradáveis que já degustei.
   E foi "só"! Espero que outra destas degustações cruzem o meu caminho em breve!  

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Bela Degustação Oferecida pela Zahil

Fiquei um bom tempo sem escrever no blog por alguns bons motivos: os restaurantes que tomam muito meu tempo, montagem da nova carta do Dádiva (que sai agora no início de novembro com boas novidades), estudos para o W-Set 3 e o mais doces dos motivos: minha filha Marie, que sempre que posso dedico algumas horas para esta principessa!
Mas durantes este período continuei participando de belas degustações oferecidas em BH, que diga-se de passagem não foram poucas. Mas uma que mereceu grande destaque foi a degustação oferecida pela Rex Bi Bendi - Zahil, não só pelos belos vinhos degustados, mas também pela linha que a degustação foi dirigida, num clima muito descontraído e muito agradável. Oque não é nenhuma surpresa quando as pessoas envolvidas na produção da mesma são tão atenciosas e carinhosas como o Pablo e a Cida, regido pela mais carinhosa ainda Dulce, que rege esta equipe com maestria.
Mas vamos ao que interessa: entre os vinhos degustados tinham alguns que já conhecia e foi ótimo poder confirmar o seu potencial. Nesta leva merecem destaque o tinto espanhol Áster Crianza 2003 (rico em aromas de frutas e especiarias doces, bem equilibrado na boca, e nota-se que evoluiu muito bem nestes seus primeiros 7 anos) que inclusive vai entrar na nova carta do Dádiva e o branco italiano Alisia Pinot Grigio 2008 (vinho com um belo frescor e descompromiçado - gosto de chamar este estilo de vinho de vinho de piscina - por se tratatar de um vinho fácil e para qualquer momento). Creio que este vinho será um dos mais vendidos na calçadado Dádiva neste verão.
Entre os que eu não conhecia a bela surpresa ficou por conta do tinto argentino Vista Flores Gran Malbec 2008 (apesar de ser feito sobre a consultoria de Michel Rolland, não se trata de um vinho com "efeito coca cola" - com taninos bem presentes e um bom equilibrio entre a madeira e fruta madura proveniente dos bons malbecs). - este também está na nova carta do Dádiva.
Entre os vinhos degustados, valeu apena degustar novamente misterioso italiano Gravner Rinolla 2000. Vinho que não consigo decifrar, sinceramente continua sendo uma incógnita pra mim!
Parabéns para toda equipe Rex Bi Bendi-Zahil por esta bela degustação! E espero que repitam a dose em breve!!!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

"UM DIA DE ENÓLOGO DOS ESPUMANTES CAVE GEISSE"

     Ontem, à convite da equipe da Casa do Porto BH, tive uma experiência formidável: degustar quatro espumantes Cave Geisse Brut - um corte de Chardonnay 70% e Pinot Noir 30%, com licor de dosagem  diferentes, para identificar qual seria o mais agradável para o nosso paladar. Esta expetacular iniciativa da Vinícola Cave Geisse, pra mim um dos melhores produtores de espumantes da América do Sul, para não dizer o melhor, tem como objetivo decidir qual será o percentual de açúcar da Cave Geisse Brut 2009, de acordo com a votação de profissionais e consumidores das principais capitais brasileiras.
   O Sr. Carlos, representante da vinícola, nos apresentou os quatro exemplares às cegas, e os profissionais presentes tinham que votar naquela que era a mais agradável. A primeira a ser degustada tinha 6 gr. de açúcar, a segunda 10 gr., a terceira, uma espécie de pegadinha tinha apenas 4 gr. (menos que o mínimo exigido para ser um brut) e a quarta 8 gr. de açúcar.
   A escolhida por mim e mais 3 profissionais de um total de 8 presentes foi a primeira, com 6 gr. de açúcar. Entendo simplesmente que esta deixava a boca mais limpa, provavelmente mais "gastronômica" - apesar de não gostar de usar este termo para nenhum vinho - pois acredito que todos sejam gastronômicos. Mas é importante reçaltar que a diferença entre elas é muito pequena.
   Parabéns à Vinícola Cave Geisse pela iniciativa, e pela Casa do Portopor abraçar este tipo de evento.
   O público de BH só tem a agradecer!