segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Joško Gravner. - por Igor Maia.


Ribolla Gialla Botrytisado.

"De minha primeira visita a Itália em Abril de 2011, guardarei momentos únicos, indeléveis. Entre quatro visitas a produtores icônicos na Velha Bota, uma foi definitivamente especial e marcante, visitar na pequena vila de Oslavia - Collio ítalo-esloveno - o maior nome da região do Friuli, Francesco Joško Gravner.
Um dia antes, estávamos na casa de um amigo de infância de Joško e tomávamos um de seus vinhos incomparáveis, carregado de verdadeira devoção à terra, era um Ribolla Gialla 2005. Quando entre várias conversas sobre aquele vinho, nosso anfitrião com um súbito telefonema confirmava diretamente com Joško uma visita à sua azienda.
No tão aguardado dia, fazia frio mas o tempo estava lindo, com sol e poucas nuvens no firmamento. Quando chegamos à casa de Gravner, o próprio já nos aguardava com seu cachorro de estimação, Bruno, e rapidamente já estávamos defronte alguns de seus vinhedos. Enquanto pacientemente ele nos explicava que estava a reformar sua casa, adaptando-a mais uma vez para as novas ânforas que iriam chegar, eu tentava controlar a gradual euforia que começava a tomar conta de mim.
Antes de falar um pouco sobre os vinhos, creio que seja pertinente evidenciar o quão dinâmico e grandioso é este produtor. Até finais da década de 80, Gravner fora conhecido por seus brancos majestosos ao estilo Borgonha, elegantes, profundos e muito longevos. Foi um dos primeiros produtores na Itália a fermentar em cubas de inox e também em barricas novas de carvalho francês. Insatisfeito após o retorno de uma viagem aos EUA em 1987, Joško começou a pesquisar uma forma mais autêntica de elaboração com menor interferência possível; uma busca que o levou em Maio de 2000 ao Cáucaso – Georgia, onde vinhos tem sido elaborados em ânforas de terracota há mais de 5.000 anos.
No segundo pavimento da casa de Gravner, eu tinha diante dos olhos cerca de umas 30 ânforas enterradas e ainda com vinhos em fermentação. Nesse momento Joško nos explicou “após a colheita das uvas maduras e seu desengace, elas irão fermentar e macerar aqui por 5-7 meses, quando trasfegarei o vinho para os botti de carvalho.” Começamos a degustar os vinhos da safra 2009 e cada amostra retirada das ânforas mostrava-se surpreendente e reflexiva enquanto ouvíamos atentos as observações de Joško. Quando ele colocou o Ribolla 2009 na taça e com tamanha felicidade nos explicou os resultados daquela diminuta mas extraordinária colheita, eu chorei, não contive mais a emoção! Muitos pensamentos passaram por minha mente naquele instante entre cada gole dado no melhor e mais desafiador branco produzido no Friuli. Mostrava uma coloração dourada-alaranjada intensa, com aromas de pêssego, melão, casca de cítricos cristalizados, cêra e frutas secas. Na boca, untuoso e mineral num só tempo, os taninos eram firmes mas finíssimos e a persistência, incrível. Se o for tomar sirva a 14-15°C.
Degustamos ainda naquela ocasião um tinto, Pignolo 2003, com aromas de flores secas, tabaco, húmus e frutas vermelhas passificadas. Uma boca poderosa, tânica, sápida, mas de extrema finura e proporção. Um tinto expansivo e melhor de tudo, autóctone! Para rivalizar com os maiores do Piemonte certamente.
E como última etapa, degustamos um Ribolla Gialla botrytisado que encantou por sua coloração dourada-alaranjada, viscosa, num perfil olfativo de frutas de caroço maduras (pêssego, maçã), própolis e especiarias. Um branco gordo, oleoso em boca, mas equilibrado pela acidez de excelente calibre e tensa mineralidade. Não havia melhor forma de nos despedir de Joško, um camponês sisudo no olhar, voz grave, que faz refletir... os verdadeiros vinhos são obtidos antes de tudo do respeito e amor à terra!"


Francesco Joško Gravner e Igor Maia.

Igor Maia começou a trabalhar com vinhos em 2005 tendo iniciado como atendente de adega em dois supermercados de Belo Horizonte. A oportunidade de trabalhar em restaurantes apareceu na sequência até conseguir a titulação de sommelier em Janeiro de 2009, na ABS-RJ. Em Outubro de 2010 concluiu o nível 3 da WSET (tive o prazer de fazer este nível ao seu lado) e há 3 anos trabalha na parte técnica da importadora de vinhos Decanter em Blumenau, onde mora atualmente.
Além deste curriculo fantástico, Igor Maia é um grande amigo que cultivei nesta área. Já tivemos a oportunidade de dividirmos várias degustações juntos, e é sempre um prazer trocar informações com esta figura!!!

Mais Uma Brasileira de Qualidade.

Não é mais surpresa para ninguém o alto nível dos nossos espumantes produzidos no sul. Nos últimos anos descobriram que o terroir daquela região é muito propício para a produção de espumantes de alta qualidade: acidez, qualidade da terra, índice pluviométrico... tudo isso agrega para a produção de um bom espumante. São inúmeras marcas e nomes de ótima qualidade que estão despontando no mercado. Isso tudo graças ao trabalho sério de algumas vinícolas, no intuito de colocar nossos vinhos entre os melhores de sua categoria no mundo.
Mas nem tudo é um mar de rosas! Existe também aquele grupo que, aproveitando o destaque que os nossos espumantes vem ganhando ano após ano, começam a "refermentar" qualquer vinho, de qualquer forma, para aproveitar a fama do espumante brasileiro. É uma pena! Mas torço para que estes tenham vida curta no mercado.
Mas não vamos perder tempo com estes "produtores" e vamos voltar ao que interessa: recentemente degustei outro espumante brasileiro que merece destaque - CASA VALDUGA ARTE TRADICIONAL BRUT 2010 - corte entre as uvas Chardonnay (60%) e Pinot Noir (40%) trata-se de mais um espumante brasileiro que surpreende. Seus 12 meses de segunda fermentação na garrafa (método tradicional) lhe garante estrutura, complexidade e frescor. Na taça tem uma bela apresentação, perlagens finas e constantes, um amero palha bem límpido, com reflexos esverdeados. Seus aromas são frescos e leves - o tradicional fermento de padaria evoluindo para aromas de maçã verde e um toque cítrico interessante. Na boca o cítrico encontrado nos aromas prevalecem, sem contar com a cremosidade e o frescor que todo bom espumante deve ter. Um final de boca muito agradável e persistente.
Mais uma brasuca que está batendo um bolão!



Você encontra a Casa Valduga Arte Tradicional Brut 2010 na Enoteca Decanter.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Dom Pérignon é Sempre Dom Pérignon! - Mas 1978...


Domingo é sempre um dia complicado para trabalhar, depois de uma longa semana de labuta, deixar esposa e filha em casa em um dia como este não é das tarefas mais fáceis... mas sempre nos aguarda algumas surpresas agradáveis... de vez enquando temos a oportunidade de abrir algumas garrafas memoráveis, daquelas que irão ficar para a história.
Hoje foi um destes domigos abençoados - fui agraciado em poder servir uma Dom Pérignon 1978. Simplesmente um luxo! Depois de quase 34 anos de vida, esta champagne continua com um aspecto mais que saudável - amarelo com reflexos dourados e ainda com perlagens bem finas e elegantes foram o cartão de visita deste grande champagne. Aromas complexos que vão do tradicional cheiro de brioche de todas as champagnes, evoluindo para um mix de castanhas, nozes e damasco até chegar no pronunciado aroma de figo em compota... um charme! Na boca... a na boca a elegância de sempre, uma junção de frescor, estrutura, elegância e um belo e longo final de boca.
Para aqueles que acham que Dom Pérignon e afins são apenas marcas, apenas status, esta garrafa de 34 anos de amadurecimento é uma prova mais que viva que é um produto de qualidade inquestionável!
Dom Pérignon é Sempre Dom Pérignon! - Mas 1978...

Vinho Branco para Mastigar...

Na noite de ontem tive a oportunidade de me reencontrar com um dos vinhos brancos que mais me marcaram nesta minha vida de sommelier. Para quem não conhece, ou nunca ouviu falar de sua filosofia de produção, é um vinho que assusta: sua rolha geralmente mofada e seus aromas com notas de oxidação que prevalece no início pode ser confundido com um vinho decrépto. Mas nada disso, aos poucos vai se apresentando denso, profundo, extremamente elegante, complexo, com notas minerais marcantes e com ótimo final de boca...
Estou falando do aclamado Clos de la Coulée de Serrant 2005 - dos poucos vinhos do mundo com apelação própria: Appellation Savennières-Coulée de Serrant Contrólée. Se não me falha a memória, apenas este e o aclamado vinho Romanèe Conti tem apelação própria.
Produzido com a uva Chenin Blanc no Vale do Loire, França, pode-se dizer que é um vinho de "pedigre" - assinado pelo mago Nicolas Joly, enólogo biodinâmico, referência mundial do assunto, que se auto descreve apenas como um "assistente da natureza" - que trava uma luta árdua em pról do renascimento das apelações de origem.
Este é um belo exemplo que vinhos brancos também podem envelhecer muito bem. Para este Coulée de Serrant 2005, acho que terá por baixo pelo menos mais uns 15 anos de amadurecimento saudável...
Recomendo decantá-lo para assim apreciá-lo no seu explendor.
Coulée de Serrant é importado exclusivamente pela Casa do Porto.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Um Brinde a um Vedadeiro Admirador de Bons Vinhos...


Este extenso mundo do vinho sempre nos oferece boas taças, boas histórias, boas viagens e bons conhecimentos. Mas nada disso se compara aos bons e grandes amigos que conquistamos em volto de umas e outras taças...
Deixo aqui uma singela homenagem aos 50 anos do amigo Eduardo Machado - um verdadeiro admirador de bons vinhos e de boas histórias!
Que Deus lhe ilumine com mais 50 anos de saúde e sucesso, acompanhado sempre com uma taça de um bom vinho!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Marques de Casa Concha - Melhor Carménère Chileno Segundo Wine & Spirits.

Marques de Casa Concha Carménère 2009, vinho elaborado pelo enólogo Marcelo Papa, foi eleito o melhor Carménère do Chile na edição de fevereiro da revista Wine & Spirits, uma das publicações especializadas em vinho mais prestigiadas do mundo.
Durante os últimos 12 meses, o painel de degustadores da revista degustou 245 vinhos chilenos, dentre os quais elegeram os melhores para esta edição.
Este vinho de enorme potência é proveniente de vinhedos do Peumo, no Vale de Cachapoal - vale este que é considerado por muitos especialistas como o berço dos melhores Carménères chilenos.
Marques de Casa Concha Carménère 2009 recebeu da Wine & Spirits um total de 91 pontos.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Chatêau de Chasseloir 2010 - por Dalison Santos.

"Este Muscadet Sèvre et Maine é feito a partir da uva Melon de Bourgogne.
No entanto, o vinho vem do litoral do Vale do Loire e a uva não tem nada a ver com melões. Confuso ainda? Você não estará depois de provar esta delícia fresca costeira.
Pouco conhecido,mas com grandes semelhanças com a conhecida casta sauvignon blanc,com notas minerais e ao mesmo tempo com citricos marcantes como lima,esse vinho marca seu espaço quando falamos da relação custo/qualidade.O vinho é completo,um volume de boca invejável,acidez média equilibada e um vivacidade encantadora,nos convidando a outra,e outras taças,rsrsrs,um retrogosto marcante e envolvente.Uma característica deste vinho é que ele pode ser vinificados sur lie isto é sobre o leito, sobre as leveduras. Aí fica no barril por seis meses e são engarrafados sem retirá-las.
Com contado com as leveduras durante a fermentação,esse vinho adquire notas de torrefações fantasticas,confeço que no primeiro contato com a taça me senti tirando um pão fresquinho do forno,as notas de leveduras ainda permanecem bastante presentes..."

Dalison Santos é daqueles sommeliers "precoce", uma ótima supresa nesta nova geração de profissionais da área - com apenas 22 anos, é responsável pela carta de vinhos do Bem Vindo Bistrô, onde também presta serviço no salão. Além disso é formado pela ABS-MG e já tem Segundo Nível da WSET - com certeza estará se firmando entre os grandes Sommeliers de Belo Horizonte, para não dizer do nosso país.

sábado, 21 de janeiro de 2012

A Ovelha Negra de Bordeau Está de Volta!

Acaba de desembarcar no Brasil, a Ovelha Negra mais famosa do mundo dos vinhos: o Vin de Garage Bad Boy 2006.
Assim apelidado pelo crítico de vinhos Robert Parker, este simpático argelino radicado na França, Jean Luc Thunevin, resolveu colocar o seu apelido como o nome dos seus vinhos bases -AOC de Bordeaux . Mas que mesmo sendo vinhos bases, tem o tratamento de vinhos premiuns, produção limitada, amadurecimento em barricas novas de carvalho e otras cossitas mas...
Para aqueles que já conhecem este Bad Boy de Bordeaux, feito da mescla das uvas Merlot (95%) e Cabernet Franc(5%), é uma ótima oportunidade para relembrá-lo. Para aqueles que não conhecem e gostam de um vinho de boa concentração e moderno para os moldes de Bordeaux, sintam-se obrigados a conhecê-lo!


"O vinho é um trabalho, que muitos encaram como religião. Se fizermos as coisas muito sérios e com cara triste, as coisas não vão funcionar. Temos de estar felizes, é um prazer."
Jean Luc Thunevin - Bad Boy de Bordeaux.

Os vinhos Bad Boy e outros do portifólio do Miciê Jean Luc Thunevin é exclusividade da importadora Casa do Porto.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Vinho que Estou Degustando Neste Exato Momento: Columbia Crest Grand Estates Merlot 2006.

Depois de uma longa jornada de sexta-feira no O Dádiva, chego em cansa cansado... doido para uma boa ducha, uma taça de um bom vinho e cama...
O vinho escolhido foi o Columbia Crest Grand Estates Merlot 2006, do Vale Columbia - Estados Unidos - que fica literalmente no meio de um vale de montanhas, que forma um terroir muito propício para a produção de bons tintos.
Este vinho em questão, trata-se de um belo exemplar da uva Merlot, de boa estrutura e muito elegante, como um bom Merlot de berço deve ser - sua coloração rubi intenso não tem nenhum reflexo de evolução, apesar de já estar completando o seu sexto ano de vida. Aromas sutis de especiarias doces como canela dão as boas vindas deste vinho, evoluindo para uma calda de mirtilho, licor de cassis bem sutil, cera, baunilha e um leve café torrado. A madeira esta muito bem trabalhada, em perfeita harmonia com a fruta. Na boca um veludo: taninos extremamentes macios - bem trabalhados, com um final de boca que remete à canela e mirtilho em calda... um vinho vivo, fresco, que está evoluindo muito bem.
Ótimo jeito de terminar uma noite de labuta, mas seria perfeito se estivesse ao lado da minha amada esposa, que numa hora dessas deve estar no seu décimo nono sono... O jeito é contentar-me com a companhia deste belo Merlot norte-americano.

O Columbia Crest Grand Estates Merlot 2006 é importação exclusiva da Wine Brands Brasil. E é comercializado em Belo Horizonte pela Fine Food (telefone: (31)2526-3680.

Câmara Portuguesa Convida: Prova de Vinhos Portugueses.


Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil traz para Belo Horizonte uma prova de vinhos com as melhores castas de todas as regiões de Portugal,com vinhos premiados do Douro, Dão, Alentejo, Setubal, entre outros.
A prova acontecerá no dia 27 de janeiro, no horário de 11 às 13 horas no Hotel Mercure Belo Horizonte Lourdes.
Inscrições limitadas. Reservas e informações: anabranco@wtmweurope.com - telefone:351 214 827 503.

Virginie de Valandraud - Um Gole Mais que Nostálgico.

Há alguns dias, tive a oportunidade de degustar na mesa de um cliente (na verdade mais amigo do que cliente)o fantástico vinho Virginie de Valandraud 2006. Na verdade nem foi uma degustação, foi apenas um gole, mas que voltou perfeitamente na lembrança a primeira vez que tive contato com este vinho.
Foi a mais ou menos há três anos atraz, com a visita do mestre Jean Luc Thunevin e de seu fiel escudeiro Juan Carlos (o francês mais brasileiro que conheço)em Belo Horizonte. Depois de um dia extremamente agradável no Museu Inhotim, fomos para degustação dos vinhos do "Miciê" Jean Luc na loja da Casa do Porto de Belo Horizonte - onde eu trabalhava na época.
Na oportunidade tive a honra de degustar alguns vinhos fantásticos do Thunevin. E entre Bad Boy, 3 de Valandraud, Valandraud n.1 e outros, o que mais me chamou a atenção naquela noite de luxo foi exatamente o Virginie de Valandraud. Vinho que leva o nome da filha de Jean Luc Thunevin, é um corte de Merlot, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Malbec e Carménère - um pouco atípico para Saint Emilion. Proveniente de videiras com mais de 30 anos e seu estágio de 18 a 20 meses em barricas de carvalho fazem deste vinho um verdadeiro artigo de luxo! Café tostado, cacau, creme de chocolate, alcaçuz e cereja madura são facilmente identificados nos aromas mais que complexos deste vinho. Na boca extremamente equilibrado, explosão e elegância um ao lado do outro, não sei como isto é possível. Um vinho realmente singular!
Me considero um felizardo por poder apreciar uma obra prima desta, que com um simples gole, nos faz viver um momento mais que nostálgico.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Preço Especial de Vinhos do Produtor Astoria.


De propriedade de dois irmãos provenientes de uma antiga família de produtores, Astoria produz há 25 anos vinhos típicos do Vêneto, desde os tradicionais espumantes e vinhos de sobremesa até variedades tradicionais internacionais com tradição de séculos na região. Com posicionamento moderno e longa tradição familiar, os irmãos Polegato buscaram na consultoria de Donato Lanati, um dos mais renomados enólogos da Itália, a orientação para produzir vinhos característicos de sua região e variedade, mas também vinhos que estejam à frente da inovação e com a qualidade que o público exige.

Mais informações na Importadora Zahil - Rua Outono, 81. - Telefone: (31)3227-3009

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Finca San Martin Crianza 2008 - por Pablo Teixeira

" Finca San Martin é um vinho produzido pela bodega Torre de Oña, situada na Rioja Alavesa pertencente ao grupo La Rioja Alta S.A., tradicional produtor espanhol.
Há anos o grupo investe em pesquisas, buscando melhor conhecimento do que cada parcela dos vinhedos é capaz de produzir. Seus vinhos são calcados em conceitos de serenidade, elegância e atemporalidade. O Finca San Martin Crianza 2008, segunda referencia da vinícola, é um tinto jovem elaborado com 100% Tempranillo que alia frescor, potencia e muita fruta. Com coloração vermelho rubi e aromas de frutas vermelhas, como cereja e groselha com camadas de aromas especiados que seus 18 meses de barricas francesas e americanas oferecem. Na boca tem boa estrutura, mas com taninos finos e um final bem prolongado. Um bom exemplar para adentrar ao mundo da Rioja."

Uma pequena apresentação: Pablo Teixeira é Sommelier graduado no WSET nível 3 HAC. Há cinco anos responsável pela distribuição de vinhos da Zahil Impotadoras em MG.

Pra mim, sem demagogia nenhuma, é uma das maiores potências entre esta nova geração de Sommelier que está despontando em Minas Gerais.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Livro Que Estou Lendo: O Vinho na Era da Técnica e da Informação

Comecei o ano lendo o livro O Vinho na Era da Técnica e da Informação - um estudo sobre o Brasil e Argentina, da autora Miriam Aguiar.


Estou apenas no início do livro, o que me impossibilita de deixar a minha crítica. O que posso adiantar é que trata-se de uma leitura muito interessante sobre a atual realidade do vinho e toda a sua indústria...
Deixo aqui a sinopse para que tenham mais informações:
"Surpreendente e revelador, este livro possibilita ao leitor um novo olhar sobre o vinho e sua indústria. É principalmente das questões política, econômica e cultural que Míriam Aguiar trata ao se debruçar sobre o setor vitivinícola, atenta às especificidades desta nova era, fortemente regida pela tecnologia e pelas ciências da informação numa atmosfera globalizada e globalizante. Para isso, apresenta um estudo comparado entre Brasil e Argentina, sem deixar de contemplar elementos históricos de outras nações, no qual o foco é a difusão midiática da cultura e do consumo do vinho.
Como se caracteriza o chamado “Novo Mundo do Vinho” – que chega depois de um período de transformações da bebida em seus processos produtivo, comercial e comunicativo-promocional – no que diz respeito ao seu consumo e à sua difusão midiática? O que este estudo comparado entre países com representações tão diferentes na indústria do vinho revela?
A autora apresenta aqui uma recapitulação histórica do desenvolvimento do setor e tece uma análise crítica do panorama vitivinícola, que sofreu alterações a partir das últimas décadas do século XX, em âmbito internacional. É sob essa perspectiva diferenciada que Míriam Aguiar nos apresenta a nova cara do vinho, adaptado às especificidades contemporâneas de consumo, cultura e sociabilidade."

Curso de Beer Sommelier na Associação Brasileira de Sommelier - Minas Gerais

Inscrições abertas para o curso de Beer Sommelier na ABS Minas.
O curso tem a duração de seis meses e será aplicado nas sextas-feiras (das 14 às 18:20) tendo início no dia 10 de fevereiro. O mesmo será ministrado por:
- Fabiana Arreguy - jornalista especializada em cervejas, Beer Sommelier formada pela Doemmens Academy na Alemanha, membro da Federação Internacional de Beer Sommeliers, com sede na Alemanha. Vice presidente da Associação dos Cervejeiros Artesanais de Minas Gerais, juíza internacional em concursos de cervejas artesanais.
- Marco Falcone - mestre cervejeiro e Beer Sommelier pormado pela Doemmens Academy na Alemanha.
Além das aulas teóricas, o curso contará com visitas às cervejarias de Minas e com Brassagem.

Valor do curso: R$300,00 mensais.
Apoio: Gusto Distribuidora

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Vinhos do Novo Mundo Também Podem Evoluir Muito Bem...

Muito se questiona quais os vinhos podemos guardar por vários anos e quais os vinhos que devemos consumi-los de imediato. Aquela máxima que o vinho quanto mais velho vai ficando melhor é não é muito confiável. A grande maioria dos produtores estão produzindo vinhos que possam ser consumidos de imediato, pois sabem que uma imensa maioria dos consumidores desta bebida não compram vinho para ficar guardando.
Mas como podemos saber qual o vinho devemos guardar e qual o vinho devemos consumir logo? Esta não é uma pergunta simples de se responder - vai depender de vários fatores, como por exemplo onde o vinho é produzido (terroir), a idade das videiras, se estagia e quanto tempo estagia em barricas de carvalho... enfim, são vários os fatores.
E seguindo estes fatores, muito se escuta que vinhos para envelhecer bem tem que ser aqueles produzidos no Velho Mundo (continente europeu)- onde a cultura do vinho é milenar. E que vinhos do Novo Mundo (América, Africa, Oceania...) ficam para o consumo imediato, não são vinhos para guarda. Em partes pode até ser, mas só em partes!
Prova disto foi um vinho chileno que degustei recentemente: VIÑA TARAPACÁ GRAN RESERVA CABERNET SAUVIGNON 1992 - um vinho chileno, que está preste a completar 20 anos e que está completamente íntegro - na cor bem atijolado (sinal de vinho evoluido)mas sem perder o brilho. Uma complexidade aromática fantástica, digna de vinhos que evoluíram bem: noz moscada, canela,cedro, cereja em compota, açúcar mascavo... enfim, um luxo!
Na boca extremamente elegante, ninguém fala que é um Cabernet Sauvignon chileno: ervas desidratadas, especiarias doces, um pouco de aceto balsâmico, cravo... realmente muito complexo!
Grata surpresa ver um vinho sul americano evoluir tão bem assim. Mas é importante frisar que para um vinho evoluir tão bem assim é porque o armazenamento do mesmo no decorrer dos anos também foi perfeito. E quando você se depara com um vinho bem evoluído, é uma satisfação sem igual.
E como já dizia o poeta Fernando Pessoa: "Os vinhos são como os homens: com o tempo, os maus azedam e os bons apuram..."

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Korta Katarina 2007 - por Flavio Batista Maciel

" De origem Croata, o vinho Korta Katarina 2007 é elaborado com a uva Plavac Mali, um cruzamento da Crljenak Kastelanski (Zinfandel) com a Dobricic uma uva local. Apresenta um ataque no nariz com muita fruta negra madura, seguido de bela complexidade de amoras como café e baunilha, devido ao seu estágio de 12 meses em carvalho francês (25% em barricas novas e os outros 75% em barricas de 01 ano de uso). Na boca é saboroso com frutas maduras em destaque. Potente e robusto com os seus 15,5° de álcool, mostra ainda taninos firmes mas elegantes, com um final de boca muito gostoso e marcante."



Ainda não conheço vinhos da Croácia, que é uma pena... Mas pelo que venho escutando, estão chegando muitas coisas boas deste país para o Brasil.

Uma pequena apresentação: Flavio Batista Maciel é Sommelier formado Associação Brasileira de Sommelier em 2009, tendo passagem pela importadora de vinhos Casa do Porto por 03 anos de (2008 à 2011). Hoje é responsável pelos vinhos e sakês do Restaurante de comida japonesa Rokkon.
Além disso, é um amigo que eu cativo muito que ganhei neste mundo dos vinhos!

Ponta de Estoque Casa do Porto BH - Vinhos com Até 70% de Desconto.

Imperdível esta ponte de estoque de início de ano da Casa do Porto. Muita coisa boa por preços bem abaixo do praticado aqui no Brasil.
Vale muito a pena conferir: de 09 de janeiro à 11 de fevereiro (ou até durar os vinhos em promoção).

sábado, 7 de janeiro de 2012

O Melhor Vinho do Ano Segundo a Revista Prazeres da Mesa

Saiu neste mês, na Edição Especial Vinhos da revista Prazeres da Mesa - número 101 - o ranking dos 100 melhores rótulos do ano. E para surpresa de muitos (inclusive da minha), o número um de 2011 é um Jerez - um excepcional Jerez diga-se de passagem - tive a oportunidade de conhecê-lo na Expovinis 2011, no estande da Importadora Viníssimo, responsável por trazer esta pedrinha preciosa para o nosso país.
Trata-se do Jerez Oloroso Tradicion V.O.R.S. 30 Años. Segue a descrição do vinho feita pela Prazeres da Mesa: "... ainda pouco consumido no Brasil, o Jerez é um vinho cheio de particularidades e com tipos para momentos diferentes. Este Oloroso, da Bodegas Tradicion, é um vinho de meditação que envelheceu por mais de 30 anos e recebeu do Consejo Regulador de Jerez, o titulo de Vino Optimum Rare Signatum (V.O.R.S.), a mais alta denominação que pode ser alcançada por um Jerez. De cor âmbar-escuro, reflexos de cobre, tem aroma muito complexo de avelãs, couro, madeira e de torrefação...".

Segue a relação dos vinhos campeões dos anos anteriores:
2004 - Dom Pérignon 1996
2005 - Quinta Vale Dona Maria 2002
2006 - Barolo Big D´Big Rocche Dei Manzone 1999
2007 - Catena Zapata Malbec 2004
2008 - Sol de Sol Chardonnay 2006
2009 - Porto Vintage Niepoort 2007
2010 - Pera Manca Tinto 2007

fonte: revista Prazeres da Mesa - Edição Especial Vinhos - número 101 - página 91.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Um Ótimo Rosé Para Este Verão.

O verão está aí, período ideal para belos espumantes, vinhos brancos e rosés. Ainda mais num país alegre e festivo como o nosso. Nada melhor que brindar esta época com estes estilos de vinhos!
Recentemente tive a oportunidade de degustar um rosé francês que ficou marcado entre os melhores do ano anterior para mim: fresco, com notas aromáticas bem sutis e muito leve na boca. Como um bom rosé deve ser...
Trata-se do LES BELLES VIGNES 2010, um Sancerre do produtor Fournier, feito com a uva Pinot Noir.
Com a coloração salmão límpido e brilhante, o Les Belles Vignes apresenta aromas de cereja, com um floral bem sutil evoluindo agradavelmente para aromas de goiaba branca. Muito agradável! Na boca apresenta um ótimo frescor, com toque sutil de frutas brancas maduras e cereja.
Seria um ótimo acompanhamento para pratos leves, que são muito bem vindos neste verão. Sugiro como uma harmonização perfeita o Les Belles Vignes com uma entrada de vieiras, pupunha e redução de tangerina servida no restaurante O Dádiva.


O rosé Les Belles Vignes é trazido para o Brasil pela Importadora Premium.

Meus Agradecimnentos

Gostaria de agradecer ao grande designer Arthur Boueri, companheiro de trabalho no grupo O Dádiva. Foi ele o responsável por dar esta cara nova para o Vinum Regnum.
Arthur, que você continue se destacando em tudo aquilo que faz!
Saúde sempre!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Aglianico Mastroberardino 2006 - por Jefferson Dantés

"Um vinho potente, mas harmonico e aveludado produzido na região da Campania - sul da Itália. Cor muito viva e brilhante e densidade que faz com que o vinho chore em lágrimas vermelhas. Aromas de especiarias, principalmente anis estrelado e pimenta. Frutas negras bem maduras, tabaco e um ligeiro aroma de couro. Na boca encorpado, mas com taninos finos e elegantes que jamais agridem o paladar. Muito macio e agradável principalmente quando acompanhado de comida. Final longo e harmonioso deixando sempre a vontade de um gole seguinte... A meu paladar um vinho de uma uva rústica mas que o belo trabalho do produtor conseguiu transformar em maciez, não deixando que nada se sobrepusesse erroneamente."

Boa Jefferson, também sou fã incondicional deste Aglianico!

Uma pequena apresentação: Jefferson Dantés é atualmente sommelier do restaurante Mes Amis. Formado pela ABS-MG, trabalha com vinhos há 10 anos,tendo prestado serviço para Casa Rio Verde e Supermercado Verdemar.

Semana que vem tem mais descrição de vinhos por outros sommeliers.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Outros Sommeliers e Afins Escrevendo no Vinum Regnum.

No intuito de postar uma experiência com vinhos por dia, tive a idéia de pedir para alguns amigos e colegas de profissão descreverem alguns vinhos interessantes que andam degustando neste mundão de Deus. Amanhã estarei postando a primeira descrição. Acho que virão muitas coisas boas por aí!

Um Bom Lugar, com Ótimas Companhias e um Vinho... Apenas um Vinho!

Semana de férias, calmaria, descanso com a familia, e água, muita água... este início de ano resolveu cair chuva nestas Minas Gerais.
Foi neste cenário húmido e quase mofado que resolvemos sair eu, minha esposa, minha pequena, meu irmão e meu sobrinho em Ouro Branco. Fomos para uma casa de massas, muito agradável e muito aconchegante, bem movimentado para uma noite de terça-feira chuvosa.Logo pedimos a "Carta de Vinhos" - poucas opções e sem nenhuma diversidade (esta é a única crítica que faço a este agradável estabelecimento). Entre "Gatos", "Reservados" e afins resolvi optar (ou arriscar) por um vinho que nunca havia ouvido falar: eis uma das grandes vantagens do mundo do vinho, sempre ser apresentado para um produto que nunca havia ouvido nem falar...
Optamos por um argentino de Mendoza, corte entre as uvas Malbec e Syrah safra 2009. Um vinho no máximo agradável: cereja beeeeemmmm madura e muuuuito morango flambado é o que prevalece tanto no aroma como no paladar deste vinho, que o torna um pouco enjoativo. Tudo isto acompanhado de uma sensação de muito álcool - apesar de ter apenas 12,5%. Mas se for olhar pelo seu valor - apenas R$34,00 na "Carta" - concluimos que é um vinho até muito bom, um pouco desequilibrado talvez, mas condizente com o preço.
Mas nada disso se torna inoportuno quando está em torno de pessoas amadas! Nestes casos o vinho... ah, pode ser apenas um vinho!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Uma Boa Conversa...

Nome bem sugestivo deste vinho português: CONVERSA. Produzido no Douro, provavelmente a região portuguesa mais aclamada para produção de vinhos tintos, pelo respeitado produtor Niepoort - referência em produção de vinhos de qualidade, tendo em seu portifólio vinhos tranqüilos e vinhos do porto da mais alta gama.
O vinho Conversa já nos conquista pelo rótulo, uma história em quadrinhos que lhe convida a abrir a garrafa. Um corte de uvas típicas da terrinha: Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz. Trata-se de um vinho fácil (sem desmerecê-lo), dinâmico, direto, sem muita complexidade. Como o própio nome sugere, um ótimo vinho para uma boa conversa no dia-a-dia.
Vinho fresco, de médio corpo, com boa acidez, frutas vermelhas como cereja e amora bem maduras tudo isso com um toque bem sutil de café (que sugere que este vinho deve ter uma breve passagem por madeira). No retrogosto a fruta madura prevalece, deixa a boca limpa, pronta para dar seqüência na "Conversa".
Um vinho muito bom,se não me falha a memória, o melhor preço-qualidade que conheço da região do Douro. Vale apena dedicar um momento para esta Conversa...



Este vinho é encontrado na Importadora Mistral

domingo, 1 de janeiro de 2012

Muito Além das Frutas Vermelhas em Compota.

Quando se fala em vinhos tintos argentinos, principalmente naqueles produzidos com grande percentual de Malbec, logo se espera aquela concentração de frutas vermelhas em compota tanto nos aromas como no paladar: esta é a marca registrada dos vinhos tintos dos nossos hermanos - marca registrada que muitas vezes deixa o vinho enjoativo, um pouco pedante e muitas vezes até óbvios de mais.
Mas para nossa sorte esta realidade dos tintos argentinos está mudando a passos largos. Tive a oportunidade de confirmar isto numa viagem que fiz para este país no primeiro semestre do ano passado, onde fui apresentado a vários exemplares nenhum pouco óbveis, ricos, e cheio de complexidade, que num fundo é o que a gente espera de um bom vinho tinto.
Recentemente tive a oportunidade de conhecer outros exemplares que, numa degustação as cegas passa longe da tipicidade dos tintos argentinos. Dou destaque ao DOMADOS LOBUNO SELECT BLEND 2004 - um corte de Malbec (60%), Merlot (25%) e Cabernet Sauvignon (15%) com estagio em barricas de carvalho. Este exemplar de 14% de álcool, de um produtor de origem italiana é um bom exemplo da nova linhagem dos vinhos tintos argentinos. Um vinho que vem evoluindo muito bem, com uma riqueza aromática fantástica, que vai de azeitonas pretas a ervas de chimarrão. De frutas vermelhas em compota (que não poderia faltar) a aromas defumados. De cravo da india partindo para cheiro de Caixa de Charutos. Na boca não tem toda esta complexidade, mas apresenta-se com boa acidez, taninos presentes mas totalmente "domados" e toques da famosa frutas vermelhas em compotas bem misturado com um defumado muito interessante.
Um verdadeiro achado!


Domados Lobuno Select Blend 2004

Também aconselho a linha do Domados Tobbiano Malbec - Merlot ou Tobbiano Malbec - Cabernet Sauvignon. Estes vinhos são comercializados em Belo Horizonte pela Casa do Porto.

Uma Nova Proposta para Vinum Regnum

No ano passado estive um pouco ausente do blog, alguns meses passei até despercebido. Isto tudo devido a grande correria que foi o ano.
Por fim acabei postando no blog apenas aqueles momentos mais que inusitados,aquelas degustações mais que especiais, deixando passar em branco muitas degustações interessantes, que seria de grande valia para o blog.
Este ano tentarei fazer diferente: quero ousar postar a descrição de um vinho, de um evento ou algum outro assunto pertinente ao meio por dia, isto quer dizer: estou me propondo deixar aqui 365 postagens em 2012.
Talvez não uma a cada dia, devido a viagens que possam surgir, ou algum outro evento. Mas se possível, quero estar aqui diariamente.
Espero que aprovem!

Desejo um 2012 Recheado de Muito Prazer!

2011 já se foi - ano difícil, com muitas perdas, muitos sacrifícios... foi um ano de batalhas árduas, nem sempre com final vitorioso, mas sempre carregada de novos ensinamentos - ensinamentos valiosos diga-se de passagem.
2012 está aí - proponho pra mim mesmo que será um ano para celebrar a vida, celebrar a família, um ano recheado de prazer! Prazer em coisas pequenas, em coisas do dia-a-dia, sem nenhum motivo especial, a não ser o motivo de estar VIVO!
Quero sentir o prazer de degustar um vinho simplório, porém bem feito. Da mesma forma que sinto prazer ao degustar um daqueles vinhos imortais, que vieram para ficar na história. Quero sentir prazer ao deparar com a satisfação de um cliente que acabou de pedir o vinho mais barato da carta do restaurante. Assim como vou ao céu quando vendo um Premier Cru de Bordeaux...
Enfim, quero sentir prazer a cada dia, a cada minuto deste ano. E é isto que desejo a todos vocês: um 2012 recheado de muito prazer!!! E que Deus abençoe este novo ano...