domingo, 29 de janeiro de 2012

Vinho Branco para Mastigar...

Na noite de ontem tive a oportunidade de me reencontrar com um dos vinhos brancos que mais me marcaram nesta minha vida de sommelier. Para quem não conhece, ou nunca ouviu falar de sua filosofia de produção, é um vinho que assusta: sua rolha geralmente mofada e seus aromas com notas de oxidação que prevalece no início pode ser confundido com um vinho decrépto. Mas nada disso, aos poucos vai se apresentando denso, profundo, extremamente elegante, complexo, com notas minerais marcantes e com ótimo final de boca...
Estou falando do aclamado Clos de la Coulée de Serrant 2005 - dos poucos vinhos do mundo com apelação própria: Appellation Savennières-Coulée de Serrant Contrólée. Se não me falha a memória, apenas este e o aclamado vinho Romanèe Conti tem apelação própria.
Produzido com a uva Chenin Blanc no Vale do Loire, França, pode-se dizer que é um vinho de "pedigre" - assinado pelo mago Nicolas Joly, enólogo biodinâmico, referência mundial do assunto, que se auto descreve apenas como um "assistente da natureza" - que trava uma luta árdua em pról do renascimento das apelações de origem.
Este é um belo exemplo que vinhos brancos também podem envelhecer muito bem. Para este Coulée de Serrant 2005, acho que terá por baixo pelo menos mais uns 15 anos de amadurecimento saudável...
Recomendo decantá-lo para assim apreciá-lo no seu explendor.
Coulée de Serrant é importado exclusivamente pela Casa do Porto.

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