quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Meu Vinho de Natal: um Belo Moscato D´Asti...

   Neste Natal  no intuito de agradar a minha esposa, resolvi abrir um belo Moscato D´Asti - pois a Paula é fã incondicional deste vinho... - e fiz questão de escolher a dedo um belo exemplar desta uva, que por várias vezes é mau produzido por produtores não muito sérios - talvez por ser uma bebida leve, com baixa graduação alcóolica e doce - ligam a mesma com pessoas que não tem muita exigência com o que está bebendo - o que não é verdade! Conheço vários apreciadores de grandes moscatos, entre eles a minha esposa!
   A bola da vez foi o Moscato D´Asti Cascinetta Vietti 2003 - um dos Moscatos mais aclamados do Piemonte - Itália, produzido pelo também aclamado Vietti - este 100% Moscato recebe as melhores uvas das plantações do Vietti, e nota-se isto na taça desde  o primeiro instante: um amarelo com reflexos dourados (provavelmente por causa da sua idade avançada para um Moscato - 7 anos) límpido e levemente frisante dão as boas vindas deste belo vinho. Aromas florais, frutas secas, mel e um jambo bem evidente faz com que este vinho se torne muito convidativo para o primeiro gole. Na boca a doçura precalece - como não poderia ser diferente - o toque floral  e o mel que encontramos no aroma se mantem na boca, as frutas secas aqui dão espaço a um figo desidratado muito agradável, e o jambo continua falando alto!
   Harmonizou muito bem com aquelas entradinhas típicas da ceia de natal: frutas secas, amoras e uma bela brusqueta de queijo brie e damasco enriqueceram muito o Cascinetta Vietti.
   Esta aí um vinho obrigatório para os aprecoiadores de um bom Moscato!
   Saúde e um ótimo finalzinho de ano para todos!

   O Cascinetta Vietti é importado exclusivamente pela importadora Mistral: http://www.mistral.com.br/

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Château Condat 2005 - Ótimo preço-qualidade desta grande safra de Bordeaux

   Recentemente degustei um autêntico Bordeaux da histórica safra de 2005 que chamou muito minha atenção, principalmente pela sua relação preço qualidade.
   Decantei o mesmo uns 40 minutos antes de consumí-lo, e isto fez com que ele se apresentasse melhor na taça. Na cor apresentou um rubi intenso, límpido e brilhante, com características de um vinho bem jovem ainda (apesar dos seus 5 anos). Seus aromas são encantadores: cereja madura, anis, com um toque de pimenta do reino muito agradável, com um final terroso e um leve toque de madeira velha, que deixam o Château Condat 2005 bem complexo, aromaticamente falando. Na boca acompanha a elegância e a complexidade do aroma: taninos presentes e uma boa acidez convivem bem com a cereja madura e o toque terroso, que é o que prevalece na boca, sem esquecer da madeira muito bem utilizada pelo produtor.
   Para quem não sabe, a safra de 2005 foi uma das melhores desta década que está chegando no seu final, e o Château Condat Saint Emilion Grand Cru 2005 é um belo exemplo da grandeza desta safra. E melhor ainda, é um exemplo que não precisamos gastar uma fortuna para consumirmos um belo exemplar de Bordeaux 2005.
   Mais informações sobre o Château Condat Saint Emilion Grand Cru vocês encontram na Blanc de Noir: http://www.blancdenoir.com.br/ - (31)2531-5252

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Dica de Leitura para Férias - A Experiência do Gosto

   Foi lançado no mercado recentemente, o mais novo livro do renomado crítico de vinhos Jorge Lucki - A Experiência do Gosto (Companhia das Letras).
   O livro é um conjunto de 64 crônicas, direcionadas para pessoas iniciadas ou não neste fabuloso mundo;  escritas por aquele que é considerado por muitos como um dos principais colunista, crítico e consultor de vinhos do país.
   E para quem ainda não conhece Jorge Lucki deixo que as palavras do produtor italiano Angelo Gaja fale por mim: " Há pessoas que nutrem um grande amor pelo vinho. Conhece tudo o que diz respeito a ele e ajudam os outros com simplicidade e humildade a conhecê-lo, apreciá-lo e saboreá-lo. Elas são raras e preciosas: Jorge é uma dessas pessoas, e o mundo do vinho lhe é grato".
   É por esta e outras que o livro A Experiência do Gosto - O Mundo do Vinho Segundo Jorge Lucki, se torna uma leitura obrigatória para todos aqueles que de uma forma ou de outra estão envolvidos no mundo do vinho.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Mais Uma Destas Degustações Para Fechar 2010 com Todas as Pompas!


   Aconteceu no dia 29 de novembro, uma degustação ímpar oferecida pela Zahil - Belo Horizonte, destas que com certeza ficará na memória. E motivos é que não faltaram para esta degustação se tornar marcante: primeiro porque foi apresentado pelo bom e velho amigo Bernardo Silveira, hoje prestando um excelente trabalho no mundo dos vinhos de São Paulo, com o qual tive a oportunidade de iniciar minhas degustações técnicas de vinho aqui em BH há alguns anos atraz. Segundo porque a turma da Zahil conseguiu reunir uma turma de peso para esta degustação, e foi muito bom colocar o papo em dia com o pessoal (estas ocasiões são ótimas para acompanharmos o que está acontecendo no mercado do vinho da nossa capital). E em terceiro, e talvez o mais importante a apresentação de algumas pedrinhas preciosas em formato líquido, dos quais falaremos agora:
   Entre os 9 vinhos degustados daria destaque rosé Les Hauts de Janeil Syrah 2009 (cereja madura, suco de guaraná prevalecem no aroma. Belo frescor e acidez média prevalecem na boca, com um agradável final de cereja madura. Um vinho fácil, muito interessante para ser trabahado nesta época do ano!). O argentino Salentein Malbec Reserva 2007 (um vinho de bela complexidade, com belas notas de fruta madura e madeira, remetendo à cravo e canela, com boa acidez e taninos domados - com certeza um belo exemplar argentino!). O italiano Chianti Tosca 2006 (produzido pela Tenuta Valdipiatta, produtor referência em Montepulciano, Toscana - conheci este vinho há uns 4 anos atráz, época que era muito questionado por vários. Mas é imprecionante como este vinho está evoluindo bem. Bela acidez, aromas de defumado, com um presunto crudo bem marcante e uma fruta mais delicada chamam muito a atenção!). O madeira Henrique & Henriques Full Rich 3 Years (este 100% Tinta Negra mostra bem porque o Vinho Madeira é um dos vinhos mais longevos do mundo. Tem uma riqueza aromática impressionante - com destaque ao toque de canela, nóz moscada e frutas secas em geral).
   E para finalizar "o sacrifício" o mundialmente aclamado Barca Velha Magnum 2000 - toda sua fama vem de décadas. É um exemplo da qualidade máxima da região do Douro - Portugal. É lançado somente em safras espetaculares (1952, 1953, 1954, 1957, 1964, 1965, 1966, 1978, 1981, 1982, 1983, 1985, 1991, 1995, 1999 e 2000). Mesmo sendo decantado com algumas horas de antecedencia, este exemplar da safra 2000 ainda se mostrou tímido, fechado. Mas mesmo assim foi o suficinte para mostrar toda a sua riqueza - canela seca, toque de cedro, verniz, frutas negras bem delicadas e figo desidratado são fáceis de identificar neste verdadeiro néctar, um vedadeiro VINUM REGNUM! Não é a toa que a primeira safra (1952) ainda está apta a ser consumida até hoje!
   Só tenho a agradecer à Dulce, Pablo, Cida e toda a equipe da Zahil por mais esta bela degustação; com grandes vinhos em um ambiente alegre e descontraído, que já está virando marca registrada de suas degustações!
   Saúde!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Degustação Alzania - Para Fechar o Ano com Chave de Ouro!

   A Casa do Porto BH, ofereceu no último dia 25 uma degustação memorável para fechar o ano de 2010 com chave de ouro! Foram apresentados nada mais nada menos que os belos vinhos da Vinícola Alzania, pra mim, uma das melhores, se não a melhor vinícola da D.O Navarra. E como não se bastassem os vinhos, a apresentação foi feita pelo próprio "Criador da Criatura": José Manuel Echeverria - enólogo e proprietário da vinícola; uma das personalidades do vinho espanhol mais respeitadas no mundo vitivinícola atualmente!    Na ocasião foram apresentados quatro vinhos tintos - que já falaremos sobre eles -  e um azeite (não sou expert no assunto, mas foi um dos mais agradáveis que já degustei). Os vinhos degustados foram:

GARDACHO GARNACHA VIEJA 2008 (13%) - já havia citado este vinho como um dos melhores preços - qualidades apresentados no Brasil em 2010, e esta degustação só veio a confirmar isto. As uvas deste vinho são provenientes de uma cooperativa de Navarra, e vinho é vinificado na própria cooperativa - sobre os olhos críticos do Echeverria, é claro! No exame visual mostrou um rubi intenso, brilhante e sem resíduos. No aroma um misto muito agradável de amoras com um toque floral que remete à violeta (segundo Echeverria, uma marca registrada da Garnacha espanhola). Um leve mentolado aparece para enriquecer o final aromático. Na boca a amora prevalece, com uma acidez e um frescor muito agradáveis, que faz deste vinho uma excelente opção na faixa de preço que ele é trabalhado.

FINCA LA MONEDA 2005 (13,5%) - 60% merlot, 30% syrah e 10% garnacha - 12 meses de carvalho - No visual mostrou um rubi intenso, brilhante, sem nenhuma nota de evolução - parece ser mais novo que realmente é. No aroma apresentou uma complexidade fantástica desde o início - frutas vermelhas em compota, eucalipto, tabaco, folhas de cedro, canela doce e um toque de pimenta do reino são facilmente identificados. Simplesmente fantástico! Na boca o álcool se mostra mais presente, mas nada que possa denegrir o vinho. Taninos bem presentes - porém domados. Mas o que realmente se destaca é a bela harmonia entre a fruta e a madeira, o que faz do Finca de La Moneda um grande vinho, mas que ainda tem um caminho muito longo pela frente. Pra mim, este foi o vinho que mais me impressionou!!!

FINCA ALZANIA 21 DEL 10 2006 (13,8%) - 100% syrah - 12 meses de carvalho - este vinho já encanta aos olhos antes mesmo de abrir a garrafa - seu rótulo preto com os dizeres em prata é impactante, e já conquista o consumidor. Na taça, sua cor é intensa e brilhante. No aroma, um misto de frutas  negras, cacau, noz moscada e folhas de cedro mostra a potência e a complexidade deste vinho. Na boca tem uma acidez bem presente e taninos concetrados. Mas prevalece a madeira. Talvez pela pouca idade, este vinho não se mostra muito equilibrado no exame gustativo. Porém, sem dúvida nenhuma, vai evoluir muito bem e provavelmente encontrará um equilíbrio maior ano após ano! Gostaria de degustá-lo novamente daqui uns dois anos...

ALZANIA SELECION PRIVADA 2005 (14%) - 65% merlot, 35% tempranillo - 14 meses de carvalho - pra mim trata-se da grande estrela da tarde! Numa degustação às cegas, facilmente este vinho te remete às grandes estrelas bordalesas de Pomerol e Saint Émilion. São produzidas apenas 4.000 garrafas por safra. Mas vamos ao que interessa: no visual apresenta um rubi intenso e brilhante, sem nenhum traço de evolução. No aroma, apresenta um toque terroso, pimenta do reino, amoras frescas, caixa de charuto em plena harmonia. Na boca os taninos estão macios e acidez muito agradável. Aqui existe uma fruta vermelha madura bem delicada, bem acompanhada do toque terroso e da pimenta do reino. Simplesmente um espetáculo! Vida longa ao Alzania Selecion Privada!!!

   No mais, só tenho a agradecer mais uma vez à equipe da Casa do Porto BH por mais esta degustação de luxo!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Top 100 - Wine Spectator 2010

   A Wine Spectator, uma das publicações mais respeitadas do mundo, divulgou recentemente o tão esperado TOP 100 - 2010. Nesta lista, estão representados 14 países, nenhum vinho com menos de 93 pontos (de no máximo 100). E o destaque na lista de 2010 foram os vinhos americanos, que tiveram 5 indicados entre os 10 melhores; e principalmente, aqueles vinhos de rótulos exclusivos, edições especiais e produtos personalizados - o que valoriza e muito aqueles pequenos produtores que priorizam a produção de qualidade e personalidade própria.
   Além da qualidade do vinho, a publicação também considera o valor que os mesmos são vendidos no mercado para montar o racking final. Por este motivo, não é comum vinhos com menores pontuações superarem vinhos com maiores pontuações.
   Os 10 melhores colocados do rancking foram:
1. SAXUM JAMES BERRY VINEYARD PASO ROBLE 2007 - 98 pontos
2. TWO HANDS SHIRAZ BAROSSA VALLEY BELLA´SGARDEN 2008 - 94 pontos
3. PETER MICHAEL CHARDONNAY SONOMA COUNTRY MA BELLE FILLE 2008 - 97 pontos
4. REVANA CABERNET SAUVIGNON ST. HELENA 2007 - 97 pontos
5. ALTAMURA CABERNET SAUVIGNON NAPA VALLEY 2007 - 96 pontos
6. PAUL HOBBS PINOT NOIR RUSSIAN RIVER VALLEY 2008 - 98 pontos
7. SCHILD SHIRAZ BAROSSA VALLEY 2008 - 94 pontos
8. FONDOTI COLLI DELLA TOSCANA CENTRALE FRACCIANELLO 2007 - 95 pontos
9. CARM DOURO RESERVA 2007 - 94 pontos
10. CLOS DES PAPES CHÂTEAUNEUF-DU-PAPE WITHE 2009 - 95 pontos

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Great Wine Fair - Le Grand Tasting de Paris

   Acontecenos próximos dias 10 e 11 de dezembro em Paris, o Great Wine Fair, com a presença garantida dos 100 principais produtores das célebres regiõe francesas Alsácia, Beaujolais, Bordeaux, Borgonha e Champanhe.
   A Great Wine Fair, também conhecida como o Le Grand Tasting de Paris acontece anualmente no Carrousel Du Louvre, e está na sua quinta edição. Pode-se dizer que é a última grande feira que fecha com chave de ouro o ano vitivinícola europeu. São esperados mais de 20 mil pessoas nos dois dias de evento, que terão a oportunidade de participar de degustações e workshops sobre vinhos.
   Além dos clássicos franceses (Veuve Clicquot Ponsardin, Taittinger, Baron Philippe de Rothschild, Latour...) este ano a feira contará também com grandes produtores italianos principalmente das regiões da Toscana e do Piemonte.
   Para os amanes do vinho que estão de passagem por Paris será uma oportunidade única de conhecer grandes nomes da Viticultura Mundial em um único local!
   Santê!

mais informações: http://www.grandtasting.com/
fonte: http://www.taste.uol.com.br/

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Época de "Colhermos" os Belos Vinhos Rosés

   Sempre quando chegamos nesta época do ano, várias matérias sobre vinhos brancos, rosés e espumantes começam a surgir. Tema este que às vezes se torna até pedante neste período. Mas verdade seja dita: é época de "colhermos" os belos vinhos leves, refrescantes, "descompromiçados", descontraídos e alegres!
   Nestes anos que trabalho como sommelier, é nítida a crescente aceitação deste estilo de vinho no nosso país. Coisa que a mais ou menos há 5 anos atráz era muito difícil acharmos um público específico para estes vinhos. Numa determinada cituação, não me lembro se foi no ano de 2004 ou 2005, uma produtora de vinhos espanhola me questionou porquê um país como o Brasil, de clima tropical, como um povo alegre e festivo consome tão pouco vinhos brancos e rosés. E a minha resposta: NÃO SEI!!!
   Mas se esta mesma produtora estiver frequentando o nosso país atualmente com certeza ela estará feliz ao acompanhar a nova realidade deste estilo de vinhos no Brasil!
   Recentemente tive a oportunidade de degustar belos rosés de pátrias diferentes: Brasil, Chile, Argentina, Itália, Espanha e França. E os franceses mais uma vez mereceram maior atenção, principalmente os rosés da Provance - região onde a produção de rosés equivale à 75% de todos os vinhos produzidos ali. Leves, delicados e muito fáceis de beber, são descriçõs comuns para estes rosés. São vinhos típicos para os dias ensolarados do Mediterrâneo; e por que não, para o nosso "verão de estralar coco"!!!
   Entre todos degustados, os dois que mereceram maior destaque foram o Terra Amata Domaine Sorin 2009  (importadora Decanter) e Domaine St. Hilaire 2009 (importadora Premium). Este último se torna ainda mais empolgante por causa do seu preço, exelente preço qualidade para quem quer conhecer um rosé autêntico!
   No mais é só bindarmos com belos rosés, este verão brasileiro que está apenas começando!
   Saúde!
  
  

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Manuel Echeverria visita Belo Horizonte

   A Casa do Porto recebe nos dias 25 e 26 de novembro, um dos enólogos mais respeitados atualmente no cenário mundial: o espanhol Jose Manuel Echeverria - proprietário da vinícola espanhola Alzania.
   Manuel, que além de enólogo é acessor de várias vinhas espanholas, dará palestras para convidados da Casa do Porto nos dias 25 e 26 de novembro.
   Entre os vinhos assinados por Manuel, dou destaque para o 21 del 10, ícone da modernidade vitivinícla espanhola e o recém chegado ao Brasil Gardacho Garnacha Vieja - pra mim, um dos melhores preço-qualidades ofertados no mercado neste ano que se encerra.
   Evento imperdível oferecido pela turma da Casa do Porto!
   Mais informações: (31)3286-7077 - Casa do Porto BH
  

O DÁDIVA APRESENTA SUA NOVA CARTA DE VINHOS

   O restaurante O Dádiva lançou neste mês de novembro a sua nova Carta de Vinhos assinada por este sommelier que vos escreve. A cata atual é composta por 356 rótulos de 5 importadoras, o que lhe garante uma bela diversidade de produtos: no que diz respeito a países (16 no total), uvas (mais de 50 opções) e até mesmo de valores (a carta possui vinhos no valor inicial de R$61,00 - Duetto Casa Valduga Cabernet Sauvignon - Merlot 2008, à vinhos no valor de R$14.300,00 - Château Petrus 1995).
    O grande destaque da nova carta ficou para as opções de garrafas Magnum (1,5 l.) - Las Mercedes (Maule-Chile) e Convent du Jacobis (Borgonha-França) são apenas alguns exemplos. Além dos belos reforsos de vinhos espanhois que estão em alta no mundo inteiro (Zerberos V.T 2008, Montal V.T 2008 entre os brancos, Ercavio Rosado V.T 2008 entre os rosés e Quindals Crianza D.O 2006 e Gardacho D.O 2008 entre os tintos são apenas alguns exemplos). E sem contar com o belo reforço de espumantes, brancos e rosés, que compõem as melhores opções para este verão que estamos entrando!
   Agora é só ir ao Dádiva e desfrutar destas belas novidades!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mais uma destas degustações inesquecíveis - Brunello di Montalcino

   Hoje tive a oportunidade de conhecer alguns belos exemplares de Brunello di Montalcino, na Casa do Porto SP. Foi um daqueles momentos de estar no lugar certo, na hora certa, pois não foi nada programado. Sai do curso Wine & Spirit Nível 3 e resolvi passar na loja para passar o tempo, e lá estavam se preparando para uma degustação de três Brunellos, sendo que dois deles ainda sem distribuição no Brasil.
   Para quem não sabe, Brunello di Montalcino é um ícone italiano, produzido na região da Toscana com a uva Sangiovese - uva que geralmente produz vinhos com alta acidez, taninos potentes e com pouca fruta; mas que se torna excelentes quando prodizidos em boas mãos. Segunda a legislação italiana, um Brunello tem que ter no mínimo 5 anos de envelhecimento antes de sair para o mercado.
   Os vinhos apresentados foram das vinícolas Mastro Janni (esta ainda não tem distribuição no Brasil) e Col D´Orcia (distribuida pela Casa do Porto).
    E os vinhos degustados foram:
1. BRUNELLO DI MONTALCINO VIGNA SCHIENA D´ASINO DOCG 2004 - MASTRO JANNI (14,5%) - límpido, no tom rubi, bem brilhante, com boa intensidade e sem nenhum depósito. No aroma prevalece especerias tipo canela e pimenta do reino, que prevalece por mais tempo, tem um pouquinho de ameixa também, mas bem delicado. Na boca os taninos estão bem presentes, porém nada agrecivo. Acidez alta e o álcool também está bem evidente, mas tudo isto muito bem equilibrado com as frutas negras que aí se encontram e as especiarias. Tudo isto com um final prolongado e muito agradável. Achei o Brunello mais pronto entre os três degustados.
2. BRUNELLO DI MONTALCINO POGGIO AL VENTO RISERVA DOCG 2001 - COL D´ORCIA (14,0%) - límpido, rubi indo para um granada, sem nenhum sedimento. No nariz o primeiro ataque que veio foi de torrefação, que não acho muito comum para um Brunello, mas depois as especiarias secas, principalmente pimenta do reino prevaleceu, com um leve toque de ameixa preta no final. Na boca taninos marcantes, acidez bem alta, ótimo corpo, tudo isto em harmonia com a fruta negra e a pimenta que acabam prevalecendo. Apezar dos seus 9 anos de evolução, acho que este Brunello ainda não está nem perto do seu ápice, tendo ainda uma vida muito longa pela frente. Simlesmente um espetáculo!
3. BRUNELLO DI MONTALCINO OUR RUBY DOCG 2005 - MASTRO JANNI (14,5%) - este acabou de sair para o mercado. Se mostrou tímido, mas também, depois de dois "gigantes" como os degustados anteriormente não teria como ser diferente. Límpido, rubi, com boa intensidade e sem nenhum depósito. No aroma frutas maduras e especiarias se misturam. Na boca os taninos estão bem presentes, com uma boa acidez e o álcool bem evidente, mantendo a mesma linha das frutas maduras e especiarias do aroma. Tem um bom final, muito agradável.
   E para finalizar, uma grapa de Brunello di Montalcino Mastro Janni - confeço que não conheço bem desta bebida, mas foi uma das mais agradáveis que já degustei.
   E foi "só"! Espero que outra destas degustações cruzem o meu caminho em breve!  

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Bela Degustação Oferecida pela Zahil

Fiquei um bom tempo sem escrever no blog por alguns bons motivos: os restaurantes que tomam muito meu tempo, montagem da nova carta do Dádiva (que sai agora no início de novembro com boas novidades), estudos para o W-Set 3 e o mais doces dos motivos: minha filha Marie, que sempre que posso dedico algumas horas para esta principessa!
Mas durantes este período continuei participando de belas degustações oferecidas em BH, que diga-se de passagem não foram poucas. Mas uma que mereceu grande destaque foi a degustação oferecida pela Rex Bi Bendi - Zahil, não só pelos belos vinhos degustados, mas também pela linha que a degustação foi dirigida, num clima muito descontraído e muito agradável. Oque não é nenhuma surpresa quando as pessoas envolvidas na produção da mesma são tão atenciosas e carinhosas como o Pablo e a Cida, regido pela mais carinhosa ainda Dulce, que rege esta equipe com maestria.
Mas vamos ao que interessa: entre os vinhos degustados tinham alguns que já conhecia e foi ótimo poder confirmar o seu potencial. Nesta leva merecem destaque o tinto espanhol Áster Crianza 2003 (rico em aromas de frutas e especiarias doces, bem equilibrado na boca, e nota-se que evoluiu muito bem nestes seus primeiros 7 anos) que inclusive vai entrar na nova carta do Dádiva e o branco italiano Alisia Pinot Grigio 2008 (vinho com um belo frescor e descompromiçado - gosto de chamar este estilo de vinho de vinho de piscina - por se tratatar de um vinho fácil e para qualquer momento). Creio que este vinho será um dos mais vendidos na calçadado Dádiva neste verão.
Entre os que eu não conhecia a bela surpresa ficou por conta do tinto argentino Vista Flores Gran Malbec 2008 (apesar de ser feito sobre a consultoria de Michel Rolland, não se trata de um vinho com "efeito coca cola" - com taninos bem presentes e um bom equilibrio entre a madeira e fruta madura proveniente dos bons malbecs). - este também está na nova carta do Dádiva.
Entre os vinhos degustados, valeu apena degustar novamente misterioso italiano Gravner Rinolla 2000. Vinho que não consigo decifrar, sinceramente continua sendo uma incógnita pra mim!
Parabéns para toda equipe Rex Bi Bendi-Zahil por esta bela degustação! E espero que repitam a dose em breve!!!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

"UM DIA DE ENÓLOGO DOS ESPUMANTES CAVE GEISSE"

     Ontem, à convite da equipe da Casa do Porto BH, tive uma experiência formidável: degustar quatro espumantes Cave Geisse Brut - um corte de Chardonnay 70% e Pinot Noir 30%, com licor de dosagem  diferentes, para identificar qual seria o mais agradável para o nosso paladar. Esta expetacular iniciativa da Vinícola Cave Geisse, pra mim um dos melhores produtores de espumantes da América do Sul, para não dizer o melhor, tem como objetivo decidir qual será o percentual de açúcar da Cave Geisse Brut 2009, de acordo com a votação de profissionais e consumidores das principais capitais brasileiras.
   O Sr. Carlos, representante da vinícola, nos apresentou os quatro exemplares às cegas, e os profissionais presentes tinham que votar naquela que era a mais agradável. A primeira a ser degustada tinha 6 gr. de açúcar, a segunda 10 gr., a terceira, uma espécie de pegadinha tinha apenas 4 gr. (menos que o mínimo exigido para ser um brut) e a quarta 8 gr. de açúcar.
   A escolhida por mim e mais 3 profissionais de um total de 8 presentes foi a primeira, com 6 gr. de açúcar. Entendo simplesmente que esta deixava a boca mais limpa, provavelmente mais "gastronômica" - apesar de não gostar de usar este termo para nenhum vinho - pois acredito que todos sejam gastronômicos. Mas é importante reçaltar que a diferença entre elas é muito pequena.
   Parabéns à Vinícola Cave Geisse pela iniciativa, e pela Casa do Portopor abraçar este tipo de evento.
   O público de BH só tem a agradecer!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

VINHOS DOCES NATURAIS - VERDADEIROS NECTARS A SEREM EXPLORADOS


Há controvérsias no que diz respeito ao verdadeiro sentido da expreção "Vin Doux Naturel" - ou simplesmente vinho doce natural. Mas no resumo da obra, podemos dizer que são aqueles vinhos onde a concentração de açúcar é tão grande, que as leveduras responsáveis pela fermentação morrem envenenadas pelo próprio álcool, bem antes de todo o açúcar ter sido convertido em álcool. Em algumas pesquisas que andei fazendo, não consideram o Vinho do Porto ou o Jerez por exemplo como Vin Doux Naturel, porque no seu processo há a adição da água ardente vínica. Em outras literaturas consideram estes estilos de vinhos como Vin Doux Naturel, mesmo com a adição de um segundo elemento, neste caso a água ardente vínica.

Mas controvérsias a parte, os vinhos doces naturais são verdadeiros nectars a serem explorados. São vinhos muito ricos de história e de uma riqueza na taça que só eles alcançam! Geralmente são produzidos com as uvas Moscadelle, Macabeo e Grenache e entre as várias regiões que produzem este estilo de vinho pelo mundo podemos destacar Priorato e Terra Alta na Espanha e Banyuls e Maury na França - provavelmente em Maury foi onde toda esta história começou, pois há relatos deste estilo de vinho desde o século XIII.

Recentemente tive a oportunidade de degustar um destes nectar; trata-se do Domaine Galvet - Thunevin Vin Doux Naturel 2004. Um A.O.C Maury com 16% de álcool que mesmo muito novo já está um encanto. Todas as pessoas que degustaram este nectar foram unânimes em citar sua doçura extremamente agradável e sua elegância - muito diferente dos vinhos de sobremesa que estavam acostumados. Seus aromas de amora em compota e ameixa super madura (comum de se encontrar no vinho do porto) era quebrado por aroma de bala de café muito agradável! Na boca estava um veludo, com o toque de amora e ameixa prevalendo bem uniforme com o açúcar residual. Evoluindo para um mentolado bem agradável. Creio que este vinho possa evoluir muito bem nos próximos 15 anos.

Para os amantes dos belos vinhos de plantão aí vai uma dica: vale muito a pena conhecer este fantástico mundo dos Vinhos Doces Naturais, e o Domaine Galvet - Thunevin é apenas um exemplo.

Você pode encontrar o Domaine Galvet Thunevin Vin Doux Naturel na Casa do Porto Vinhos Finos ((31)3286-7077).

sábado, 4 de setembro de 2010

VISITA DE EDOARDO MONTRESOR EM BELO HORIZONTE

Belo Horizonte recebeu na última semana, a célebre visita de Edoardo Montresor, responsável pela Cantine Giacomo Montresor Company, uma das vinícolas mais importantes localizadas na cidade de Verona na região do Vêneto.

Edoardo  faz parte da quarta geração da familha envolvida na produção de vinhos finos, que foi fundada na Itália na segunda metade do século XIX. Porém a familha já trabalhava com produção de vinhos desde o século XVI, mas ainda instalados na França, na região de Louir.

Na ocasião, a Fine Food distribuidora oficial dos vinhos Montresor no estado de Minas Gerais junto com a Importadora Cantu - responsável por trazer estas pedras preciosas para o Brasil, ofereceu um almoço para profissionais na Churrascaria Fogo de Chão, numa degustação pra lá de especial apresentada pelo próprio Edoardo.

Na ocasião foram apresentados os seguintes vinhos:
1. Vidussi Collio Pinot Grigio 2008 - ótima forma de começar uma refeição - um Welcome Drinck perfeito! Frescor exuberante, com aromas florais intenso (principalmente jasmim), evoluindo para um toque delicado de limão. O típico "vinho branco de piscina" - muito agradável para as tardes quentes do verão brasileiro!
2. Captel Della Crosara Valpolicella Ripasso D.O.C 2008 - pra mim a grande surpresa da tarde! Merece grande destaque no quesito preço-qualidade. Um misto de uvas frescas e uvas passificadas, que deixa no vinho um aroma marcante de ameicha desidratada com um toque terroso. Com um tempo na taça evolui muito bem para um mentolado passando por um caramelo até chegar numa madeira tostada bem agradável. Na boca, os taninos são marcantes  com uma leve glicose residual no seu final, que o torna muito interessante! Como disse o próprio Edoardo, um típico vinho do Vêneto - inconfudível!
3. Campo Madonna Del Veneto I.G.T 2007 - um interessante 100% Cabernet Sauvignon produzido no Vêneto. Trata-se de um vinho muito agradável e elegante, com aromas de frutas vermelhas em compota e um leve toque de canela e pimenta do reino. Na minha opnião um pouco atípico para o Vêneto, mas muito agradável!
4. Amarone Della Valpolicella Giacomo Montresor D.O.C 2006 - dispensa apresentações maiores! O próprio vinho se apresenta por si só, como o bom e velho Amarone deve ser! Se demostrou tímido e fechado no início, mas também. por ser de uma safra recente não poderia ser diferente. Mas dando o devido tempo na taça se mostra um vinho muito complexo e riquícimo em aromas, vai do abitual aroma de ameixa e uvas passas, evoluindo para um tabaco, pimenta, e um leve defumado. Não teria como fechar esta tarde tão agradável de melhor forma!

Vida longa ao Edoardo Montresor e toda familha Cantu e Fine Food, que nos proporcionou esta tarde tão agradável!

Mais informações sobre os vinhos e todo portifólio da Fine Food com a Ana Paula Diniz ((31)9907-4727 ou (31)8876-0694).

SEGUNDO PONTA DE ESTOQUE 2010 - CASA DO PORTO BELO HORIZONTE

Começou ontem (03 de setembro) o Segundo Ponta de Estoque da Casa do Porto - Belo Horizonte.
Oportunidade única para aqueles que curtem um bom vinho para comprá-los por preços bem mais acessíveis.

Desta vez, a turma da Casa do Porto caprichou nos vinhos da Ponta de Estoque - que não é nenhuma novidade! Entre toda lista me chamaram a atenção os seguintes vinhos: Quinta de Ramozeiros Reserva 2001 - Douro, Portugal (de R$160,00 por R$112,00); Valduero Reserva 1998 - Ribeira del Duero, Espanha (de R$214,20 por R$149,94) e o Pompeiano 2000 - Campania, Itália (de R$93,00 por R$65,10) - este último tive a oportunidade de degustar a uns três meses atrás e estava simplesmente soberbo. Bem característico dos vinhos do sul da Itália, mas com uma vantagem, os 10 anos de evolução deram uma "amançada" no vinho - tornando um vinho de personalidade forte (como geralmente são os vinhos desta região) e com muita elegância!

Para os apreciadores dos bons vinhos, que resolveram ficar pela capital mineira durante o feriadão, é uma oportunidade única de adiquirir belos vinhos por preços bem acessíveis! O Segundo Ponta de Estoque 2010 acontece nos dias 03, 04 e 06 de setembro.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

OS GRANDES VINHOS SE APRESENTAM QUANDO VOCÊ MENOS ESPERA...


Terça-feira, 31 de agosto de 2010, estava eu na labuta no restaurante O Dádiva. Início de semana que antecede feriadão (e isto é sinônimo de BH vazia), final de mês... todos os elementos conspiravam para uma noite sem muito trabalho, de casa vazia e sem nada para acrescentar para o nosso dia-a-dia...

Eis que surgem 4 senhores de terno e gravata, que pelo jeito havia acabado de chegar de viagem e se acomodam para jantar. E que jantar! Um jantar de 5 atos, que nem o sommelier mais otimista imaginaria se deparar numa noite tão pacata como esta!

Primeiro Ato: um deles pede a carta de vinhos e pergunta para os outros o que gostariam de beber, e foram unânimes em começar por uma champagne. A bola da vez foi a Ruinart Blanc de Blancs Brut. E a champagne se apresentou extremamente elegante, com a perlagem constante como deve ser e com belo frescor e ótima persistência. No início, aquele famoso aroma de fermento de pão tomava conta da taça, depois foi dando espaço para haromas florais e de frutas brancas maduras. Uma ótima forma de começar a noite com chave de ouro!

Segundo Ato: quando estavam na metade da garrafa de champagne um dos senhores pediu sua bolsa. E com a mesma facilidade que um mágico tira um coelho de dentro de uma cartola, ele saca de sua bolsa um simples e singelo La Grande Cave Corton Grand Cru Rognet 1992 e pede para que eu resfriasse o mesmo para fazer o serviço. E voilá... o vinho demostrava traços de evolução, mas muito saudável para idade. Já de cara demostrava aromas de framboesa fresca, açúcar mascavo, canela e um leve toque de pimenta branca, evoluindo para um leve mentolado e ervas em geral. Simplesmente fantástico! Na boca simplesmente um veludo, com um agradável retrogosto com notas defumadas e especiarias doces. O senhor que tirou o coelho da cartola, ou melhor, o vinho de dentro da bolsa, disse que tinha mais 5 dessas garrafas, mas a que ele havia degustado na França estava melhor (como já havia dito, não só o conteúdo da taça, mas tudo que está em sua volta, o universo ao seu redor conta muito para um vinho se tornar um Rex Vinorum). E olha que nesta altura do campeonato ainda estavam no couvert.

Terceiro Ato: pedem o cardápio e carta de vinhos novamente. Os pratos foram bem variados: de Bacalhau Confit à Tornedor ao molho de trufas com Risotto de 5 Cogumelos. Não havia como ter um vinho para harmonizar com toda esta variedade gastronômica. Entre uma sugestão e outra dadas por este que vos escreve, decidiram pelo tinto português da região do Douro Crooked Vines 2005. Trata-se de um Douro de pedigree. Rubi intenso, muito brilhante, sem nenhum indício de evolução. Os aromas passam de aceto balsâmico, frutas negras em compota, toque de especiarias doces, madeira tostada evoluindo para um tabaco e caixa de charuto. Na boca os taninos são firmes, porém em equilibrados com o retrogosto num misto de pimenta e canela. Muito diferente e muito envolvente. Ponto para quem optou pelo Tornedor Trufado!

Quarto e Quinto Ato: estes dois últimos atos se misturam , mas sem perder a importância de ambos: pediram uma meia garrafa do Sauternes Cuvée du Bontemps 1999 e uma meia garrafa do Vinho do Porto Portal Vintage 2003. O Sauternes estava um verdadeiro mel, extremamente agradável. Só a cor que mostra uma certa idade avançada, mas na taça estava perfeito. O Vintage se demostrou rebelde e ao mesmo tempo tímido, muito longe do seu ápice, mas já demostra ser um grande vinho.

É por uma destas que eu digo que os grandes vinhos se apresentam quando você menos espera!

Saúde!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

UM DESSES MOMENTOS DE REX VINORUM


Há um pouco mais de um mês atráz, vivenciei mais um desses momentos "Vinum Regnum Rex Vinorum", momentos este que ficará guardadado para o resto da minha vida. Foi exatamente no dia 21 de julho, o dia que nasceu a minha primeira filha, Marie!

Foi uma mistura múltipla de sentimentos, tensão, ansiedade, alegria e uma satisfação sem tamanho! E para fechar o dia com chave de ouro, brindamos a chegada da Marie com o vinho tinto chileno Epu 2001, presenteado pelo meu irmão Bruno, que será padrinho da minha filhota. Na verdade eu tinha comprado esta garrafa na vinícola Almaviva em 2006 e a presenteei para o meu irmão, que estava esperando um momento especial para apreciá-la.

Epu, que na língua mapuche (tribo indígena chilena) significa segundo, é o segundo vinho da Vinícola Almaviva, e foi produzido apenas nas safras 2000, 2001, 2006 e 2007. A vínícola não considera este vinho como um segundo vinho, apesar do nome dizer isto, mas encara o Epu como um vinho diferente!

Este corte de Cabernet Sauvignon e Carménère evoluiu super bem durante quase uma década, e olha que não estava armazenado de forma adequada (ficou debaixo da cama do meu irmão durante os últimos 4 anos). Mostrou uma evolução agradável, taninos bem macios e elegantes e com um retrogosto com um misto entre frutas negras e mentolado, bem convidativos para o próximo gole. O seu teor alcóolico de 14% não sobresaiu em nenhum momento, comprovando a qualidade do produto. E olha que o vinho não foi decantado e tão pouco foi dado o tempo necessário para ele se mostrar. Lembrando que estávamos no quarto de uma maternidade.

Este vinho deve custar na faixa dos U$25 no Chile, e infelizmente (ou felizmente) você não consegue comprar este vinho no Brasil. O que só enriquece o produto e o momento da degustação.

Espero o quanto antes, poder dividir com vocês mais um destes momentos ímpares da vida,  onde todas as pessoas, motivos e vinhos degustados - todos estes elementos harmonizados - faz deste momento um momento Rex Vinorum!

Saúde!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

" VINUM REGNUM REX VINORUM"

Vinum Regnum - Rex Vinorum, do latim: Vinho dos Reis - Rei dos Vinhos. Esta frase foi utilizada pela primeira vez em 1703, pelo rei da França Luiz XIV, ao descrever para Madame de Pompadour, o vinho húngaro Tokaji, que havia ganhado do então príncipe da Transilvânia Francis Rákóczi II.

Com certeza naquele momento, o rei francês estava num instante mágico de inspiração, para descrever um vinho como "o vinho dos reis e o rei dos vinhos". Não que o Tokaji não possa ser considerado como tal, mas com certeza o momento da degustação não era um momento qualquer, era um momento da mais pura satisfação!

Devemos sempre procurar o nosso Rex Vinorum, e espero que encontramos vários pela vida à fora. Não apenas pelo conteúdo da taça, mas principalmente pelo estado de espírito pleno que estaremos ao degustar tal conteúdo!