quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Dádiva lança seu novo cardápio

   Foi lançado no último dia 24 o novo cardápio do O Dádiva - assinado pelo chef Felipe Rameh - que já está no comando da cozinha do restaurante desde novembro passado.
   Felipe prioriza seu cardápio usar os ingredientes que há de melhor em cada época do ano. Garantindo para os clientes produtos sempre frescos e da melhor qualidade. E um dos pratos que merece grande destaque e que exemplifica muito bem a filosofia de trabalho do chef é o Peixe do Dia com Legumes Frescos, Tangerina e Alho Negro (foto acima) - "este prato pretende servir o que há de mais fresco no Mercado de Peixe e na Feira. Certo aqui só a tangerina e o alho negro" - palavras do próprio chef. Quem optar pelo prato deverá perguntar ao Maitre qual o peixe e os legumes disponíveis naquele dia.
   O cardápio tem em torno de 20 pratos, entre saladas, massas, risotos, pescados e carnes variadas. O que não faltam são boas opções capazes de agradar a "Gregos e Troianos".  Fica aí uma dica para quem gosta de uma gastronomia bem trabalhada e com muita criatividade!
   Te aguardo no Dádiva para harmonizarmos os novos pratos com os grandes vinhos da nossa carta.
   Até breve!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Os grandes vinhos se apresentam quando você menos espera - Parte 2


   Sábado, 15 de janeiro, Belo Horizonte, restaurante O Dádiva... cidade vazia, como já era de se esperar nesta época do ano. E para completar o cenário da mais pura falta de otimismo - chuva, muita chuva durante todo o dia. Todos os ingredientes necessários para um sábado de restaurante vazio, sem muito trabalho e sem nenhuma emoção, certo? Completamente errado...
   Eis que chega um cliente mais que especial e faz de um dia pacato como este se transformar em um dia mágico. Motivos para isto? aí estão todos eles em ordem de serviço:

1. Cattier Premier Cru Rosé Brut - Champagne - França
2. Veuve Clicquot Brut - Champagne - França
3. Vinho branco Domaine Jacques Prieur Beaune Champs Pinot Premier Cru 2003 - Borgogne - França
4. Vinho branco Château Montelena Chardonnay 2007 - Napa Valley - Estados Unidos
5. Moet & Chandon Imperial Brut - Champagne - França
6. Cristal Louis Roederer 2002 Brut - Champagne - França

   Tudo bem que a ordem em que os vinhos foram servidos passou longe da seqüência ideal, mas todas estas pérolas foram abertas seguindo o instinto emocional dos felizardos desta mesa. Até o Grand Finale - Champagne Cristal Louis Roederer 2002 Brut - que merece todas as pompas reservadas a ela.
   Tudo isto acompanhado por alguns pratos inéditos do nosso chef Felipe Rameh - vulgo Sansão, que deu um banho de criatividade para harmonizar suas obras com estas pedras preciosas em formato líquido!
   É por estas e outras que eu digo que os verdadeiros "vinum regnum" se apresentam quiando a gente menos espera!
   No mais, é só aguardar para o próximo capítuo - e espero que ele seja breve!
   Saúde!

  

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Vibrantes e Explosivos! Eis o Pinot Noir norte-americano.

   Recentemente, para ser mais exato, logo depois que a revista Wine Spectator lançou o TOP 100 2010, onde 5 vinhos norte-americanos ficaram entre os 10 melhores vinhos do ano, comecei a focar um pouco mais meus estudos para os vinhos deste país, coisa que até então nunca havia feito. Talvez pelo o excesso de modismo em torno dos vinhos norte-americanos, pela mídia exarcebada sobre seus vinhos, me dava um pouco de preguiça acompanhar a evolução dos mesmos.
Mas justiça seja feita! Quando pegamos os grandes produtores americanos, temos vinhos acima da média, de bela estrutura e geralmente com grande potencial de guarda. Zinfandel, Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay e a delicada Pinot Noir são apenas alguns exemplos de uvas que estão sendo bem trabalhadas na terra do Tio San.
   E indo de encontro com os meus estudos, tive a oportunidade de abrir e avaliar recentemente três belos exemplares de Pinot Noir deste país. Mas antes de degustarmos qualquer Pinot Noir fora da Borgonha - região francesa onde são produzidos os Pinots mais aclamados do mundo; temos que deixar bem claro algumas coisas em nossa mente para não avaliarmos mau o vinho; e tomos as palvras de Jorge Lucki, no seu mais recente livro A Experiência do Gosto (Companhia das Letras) para clarear um pouco esta uva: "Pinot Noir é considerada a mais sensível e caprichosa das castas tintas superiores, por refletir cruelmente as peculiaridades do local onde foi plantada e otrabalho do vinhateiro.". "... longe do seu hábitat, a casta perde as principais características que a distinguem: elegância e sofisticação, resultado do perfeito equilíbrio entre taninos finos, macios e bom frescor, sem que isso se configure como falta de corpo."
   Mas voltando aos Pinots norte americanos: os degustados recentemente foram (nesta ordem): o Sea Wine Cellars Pinot Noir 2007 (Willamette Valley),o Belle Glos Pinot Noir 2006 (Monterey County) - estes dois primeiros levados por um cliente ao restaurante - provavelmente trazido por ele mesmo dos Estados Unidos e para finalizar o Ancien Pinot Noir 2003 (Sta. Rita Hills). Pela dinâmica do trabalho do salão do restaurante não deu para avaliar técnicamente os vinhos, mas de uma forma geral são vinhos de alto teor alcóolico, que até assusta um pouco no início, mas que volatiza rapidamente quando "aerado" na própria taça. Uma fruta vermelha, principalmente cereja bem madura prevalece no vinho, com um leve toque mentolado, moldurados por uma madeira muito bem utilizada. Estes são os elementos principais que encontramos facilmente neste três grandes exemplares de Pinot Noir, mas se fosse para resumir estes Pinots em apenas duas palavras elas seriam: vibrantes e explosivos!!! O que geralmente não esperaria encontrar em um Pinot Noir, mas que foi uma surpresa muito agradável...
   E aí vai uma dica: ao contrário dos elegantes e sofisticados Pinot Noirs da Borgonha, eu arriscaria na próxima vez decantar estes Pinot Noirs norte-americanos, pois desta forma expressariam melhor toda a sua estrutura desde a primeira taça.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Verão brasileiro: época de explorarmos nossos belos espumantes!

   Janeiro, verão, calor, sol, praia, piscina, alegria, descontração... não há época melhor para explorarmos nossa gama de grandes espumantes. Nesta época praticamente tudo harmoniza com esta bebida leve, refrescante e muito, muito alegre!
   Nossos espumantes estão, ano após ano, se consolidando no cenário nacional, e lentamente no cenário internacional. Tudo isto graças a produtores sérios e talentosos que estão conseguindo colocar o nosso produto entre os melhores do mundo, e principalmente, graças ao nosso terroir do sul do país, que é bem propício para a produção de espumantes.
   Mas nem tudo está perfeito no país do carnaval, do futebol e porque não, dos grandes espumantes também! Alguns produtores não tão sérios, no intúito de aproveitar o sucesso deste vinho, começaram a lançar no mercado espumantes no mínimo questionáveis. Muitas vezes vinificando uvas impróprias para este produto. Querendo "dar uma biliscada" no sucesso alcançado por aqueles que realmente fazem por onde de colocar os nossos espumantes entre os melhores do mundo. Por isto devemos tomar muio cuidado para não comprarmos "gato por lebre", em nossas prateleiras cada vez mais cheias de opções.
   Entre os degustados recentemente, daria destaque ao Valduga 130 Brut - corte de chardonnay com pinot noir, produzido pelo método tradicional (segunda fermentação na garrafa), o que garante ao produto mais estrutura, mais complexidade, e sem perder o frescor. A linha Amadeu - tanto o brut (chardonnay com pinot noir - método tradicional) quanto o rosé (100% pinot noir - método tradicional) - diga-se de passagem, creio que seja a melhor relação preço qualidade existente no mercado atual. A linha Cave Geisse  - tanto o brut quanto o nature (ambas um corte de chardonnay e pinot noir - método tradicional). E a grande estrela: Cave Geisse Terroir Nature 2006 - também um corte de chardonnay com pinot noir, feito pelo método tradicional, com uma complexidade ímpar de aromas - frutas de polpa branca madura, frutas secas, um toque de torrefação... com uma cremosidade e um  frescor encantador no final de boca ! Esta sim é pario forte para os grandes espumantes do mundo.
   No mais, é só termos um pouco de atenção aos produtos oferecidos, e escolhermos um belo espumante brasileiro para acompanhar esta época do ano tão esperada por todos.