segunda-feira, 7 de março de 2011

Chile - diario de bordo - parte 2.


Mesa de degustação de frente para os vinhedos de Pinot Noir - Terra Noble - Casablanca.

Finalmente um Riesling chileno! Está aí uma coisa que me deixava incucado, por quê uma região como Casablanca, com todo o histórico de referência para produção de vinhos brancos e Pinot Noir não exploravam uma outra uva branca que não fosse Sauvignon Blanc e Chardonnay... mas eis que minha inquietação sobre isto acabau!
Mas vamos começar do começo, eis que voltamos para Casablanca para conhecer o novo projeto da Terra Noble nesta região.E a primeira coisa que chamou a atenção foi a diversidade de clima e terra que aí se encontra. Já que estivemos em Casablanca no dia anterior, foram visíveis as diferenças.
Fomos recebidos pelo simpáticos Juan Carlos (diretor de exportação) e Francisco Matte (engenheiro agrônomo) que nos deu uma excelênte aula de terroir e adaptação de raízes ao solo. O que fez cair por terra a história de pé franco no Chile.
Depois de conhecermos varios quarteis bem distintos um do outro, fomos para mesa de degustação para degustarmos os vinhos da Terra Noble. E a atração mais uma vez ficaram para os vinhos brancos. Todos os três apresentados foram muito interessantes, e com um balanço e equilibrio muito agradável, que é o que interessa para a vinícola, quase que uma filosofia de trabalho. Mas os que mais me chamaram a atenção foram os dois Riesling, que ainda não temos no Brasil, dos quais falerei mais detalhadamente neste momento:
TERRA NOBLE RIESLING 2010 - a princípio um pouco tímido no aroma, mas aos poucos vai se mostrando de forma sutil. Um agradável aroma de limão siciliano prevalece neste vinho, evoluindo para flor de laranjeira na medida que vai se abrindo na taça. Na boca uma bela acidez e um frescor muito agradável. O limão siciliano é facilmente encontrado aqui novamente.
Um ótimo exemplar daquilo que indaguei no começo: Casablanca tem terroir propício para este estilo de uva...
TERRA NOBLE RIESLING (70%)SAUVIGNON BLANC (30%) 2010 - aqui está o meu vinho do dia! Apesar de não ser um Riesling 100%, aqui sim encontramos nuances de petróleo e mineral que se espera desta uva. Bela acidez e ótima persistência, com um cítrico bem marcante no final de boca são pontos marcantes neste agradável vinho.
Estes primeiros Riesling chilenos que conheci já valeram a viagem...


Francisco Matte na mesa de degustação - depois de uma belíssima aula de terroir e adaptação de raízes.

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